quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

De táxi até Berlim

No caminho pra encontrar uma grande amiga, que não via a um bom tempo, queria ir pra um lugar bem legal, mas não conseguíamos nos chegar num consenso. Passada 1 hora de indecisão:

-Já sei, vamos pro Berlim.
-Então tá.

- Boa noite(pro taxista). vamos para o Berlim , na Barra funda, etc.
-Ok.

Depois daquele ok eu relaxei, pois pensava que o cara sabia onde era. Quando ele disse que tínhamos chegado eu falei:

-Não meu senhor, aqui é a D-edge. Nós vamos pro Berlim.
-Ah, é que você disse barra funda.
- Sim, mas não é esse!
-Ok.

Começou a enrolação. E o taxímetro rodando (na bandeira 2!). Então evoluiu pro medo.

- Lu, esse cara ta enganando a gente. Tá querendo nos roubar, ou nos estuprar. Ai meu deus! Amanhã vão me encontrar dilacerada numa lata de lixo.
-Relaxa Joyce, tá tudo bem.
-Que bem o quê! O cara tá dando voltas nesse bairro escuro e vazio. Olha! Uma churrascaria. Vamo pedir pra ele parar ali e pronto, é nossa salvação.
- Para com isso menina, é só a gente procurar que acha.

(Vale ressaltar aqui, que eu sou muito medrosa e minha amiga não tem noção alguma de perigo).

Conseguimos chegar. Depois de eu pedir 30 mil vezes pra ele pedir informação, e como todo homem ele se recusava. Ainda tive ouvir sermão dele.

-Olha moça, você tem que ser mais paciente.
-Ok!

Fomos ver o que ia tocar. Na plaquinha de quadro negro tinha escrito algo sobre anos 80. Opa, essa não. Nada de trash né?

-Entramos?
-Claro, já estamos aqui.

Enquanto isso, uns rapazes garbosos intervieram:

-Pode entrar sim que é muito boa a banda. Garantimos.
-Ah é? E se eu não gostar?
-Vai gostar.
- Se não for boa vocês pagam uma cerveja, tá bom?
- Tá bom. Pagamos até se a banda agradar.

Ok. Entramos. A banda era mesmo boa. E os caras vieram tentar animar mais ainda a noite (deles). Mas não era o momento. Amigas saudosas, nós preferimos colocar a conversa em dia.

Hora de ir embora. Chama outro táxi.

-Boa noite. Você vai até a Paulista e vira na Brigadeiro, etc.

Esse motorista gostava de papo. “Essa hora é perigoso, todos estão dirigindo bêbados, mas vocês são moças de família, logo se vê ...”(não sei se encarava como elogio ou não essa colocação).

Tudo correndo bem até que...boom! Bateram no carro. Bater num motorista de táxi as 3 da madrugada é pedir pra apanhar. Ele saltou e foi tomar satisfação com o peito estufado. O outro motorista era um cara bêbado. Com a namorada, que com jeitinho de moça de família resolveu tudo sem motivo pra socos e tapas.

Todos devidamente com telefones para resolver consertos de carro (na verdade só reparos leves) seguimos pro hotel.

- Obrigada.
- Obrigado e boa noite. Dá gosto de guiar moças tão finas.
- Obrigada! (em coro).

Subimos.
-Quer beber mais alguma coisa?
-Não. Quero dormir e não sonhar com táxis.

Um comentário:

Unknown disse...

Ahaha...Viva o escrito.
E tenho dito.
Amo vc.
Bjs muitos