domingo, 1 de março de 2009

Pensamentos aleatórios

Minhas amigas estão casando e/ou tendo filhos. E isso me abala. Pra mim nós ainda temos 16 anos e freqüentamos o bar proibido por nossos pais. Época em que eu saía e me divertia muito gastando R$10,00.

Eu continuo fazendo prova e falando mal de professor. Não sei comprar desinfetante, nem fazer nenhum prato cool pra impressionar um cara e sou desastrada com minhas (quase inexistentes) finanças.

Eu parei no tempo e me recuso a crescer? Ou todo mundo envelhece se comportando como adolescente, e mesmo assim acha que casar-e-ter-filhos é brincar de casinha?

É medo de ficar sozinho. É vontade de sair da casa dos pais. É egocentrismo de querer um filho pra fazer companhia. É a sensação de segurança de quem se comporta como a maioria. É o amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim. Cada um pode achar a resposta que lhe convier.

Segundo minha irmã, 75% as pessoas não casam por amor, mas pra dividir despesas. Segundo minha irmã, ter filhos é uma questão de interesse social, político e econômico e não a decisão de um casal. Ela é radical, mas tem clarividência em certas análises.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

5 verdades incontestáveis do Carnaval

- Camisas da velha guarda de escola de samba sempre serão horrorosas (porque misturar brasões com serpentinas coloridas não tem como dar certo)
- Mulher magra não faz sucesso na sapucaí. Pensa bem: Pra mulher desfilar com 300.000kg de penas ela tem que ser estilo melancia pro pessoal na arquibancada conseguir ver a bunda dela.
- Todo mundo imita o cara que canta os votos na apuração de quarta (“Beeeeeija-flor de Nilópolis...deeeez”)
- É piada pagar R$1000 pra ficar em pé, sufocado, em baixo do sol, ouvindo chiclete com banana durante 3 dias seguidos! E tem gente que ri dessa piada, achando que isso tudo é divertido.

- Mulher que nunca dançou o tchã ou é mentirosa ou é aborígene.

Faça você mesmo

Com essas 7 palavras abaixo se faz um samba-enredo. Em 2 minutos dá pra inventar 3 sambas diferentes (e todos poderiam fazer sucesso).
Natureza – Esplendor – Divinal – Paixão – Terra – Sonho – Sapucaí.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

out

Tirei ferias do blog, por tempo indeterminado...
=)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Confissões de adolescente

Sempre imaginei quem seriam os autores dessas músicas românticas de sucesso que são cuspidas dos rádios e entram na nossa cabeça sem que a gente possa escolher se quer ou não decorar a letra da música. E acabamos decorando.

Pensava que esses autores eram homens de negócios, que escreviam essas letras pra ganhar dinheiro, com rimas pobres, chavões, palavras simples e sonoras, mais alguns gritos e pronto: você tem uma música de sucesso.

Pra minha surpresa conheci a autora de uma música de sucesso da Vanessa Camargo. Nada do que eu esperava. Era uma menina, uns 16 anos, infantil, cheia de ilusões platônicas, pôsteres de atores e filmes de comédia romântica na parede do quarto.

Talvez um caso isolado, mas real. Palavras pobres saídas da cabeça de uma adolescente-padrão, dessas que se apaixonam ‘profundamente’ por quem nem conhecem e dizem que amam o namorado depois de duas semanas de namoro. Elas acabam colecionando alianças de compromisso, dessas relações que duram 3 meses e resultam em musiquinhas pequenas, que fazem sucesso na boca de outras meninas-padrão que não param pra pensar no que estão ouvindo.

domingo, 9 de novembro de 2008

Do ofício

Mal sentar pra começar
Faz a sinapse se apressar
Se ela não vem
Na rua está
Gastando mais neurônios
Pra voltar a sentar

Esticando a consciência
A imaginação quer descansar
Mas o tempo não deixa
Acorda pra nunca mais deitar

Tem que ter o dom de adivinhar
O que passa na cabeça do par
Nem sempre dá certo
Mesmo que se saiba como falar

Sem esquecer de sensibilizar
Vai e volta a desligar
E retoma com uma dose
Não dá pra querer parar

domingo, 19 de outubro de 2008

[ ]

O que faço com essa falta de conteúdo que me obriga a ter conteúdo pra nela conteúdo dar? Essa limpeza que só me lembra que quanto mais as teclas soarem, mas sujo fica o branco, mais forma nele se forma, mais sai de mim pro mundo.

Da linha que pisca gritando “me faz correr”, dos dedos que berram “queremos parar”, da cabeça que sussurra “mal você sabe que ainda nem começou”.

Enquanto eu brigar entre o parar ou recomeçar, se o questionamento existir, suspeito que continuarei sujando o papel, cansando os dedos, ignorando a cabeça.